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SEMENTES CERTIFICADAS

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O Setor de Sementes de Soja

O setor de produção de sementes de soja é um importante elo da cadeia produtiva desta oleaginosa e é um dos responsáveis pelo incremento na produção e, principalmente, na produtividade a cada ano das lavouras de soja, por meio da transferência rápida e eficiente de tecnologia. Este setor conecta os avanços da pesquisa na área de melhoramento vegetal e biotecnologia ao campo, tornando assim, de forma mais dinâmica, a agregação tecnológica no setor de produção de soja

De forma mais prática, as empresas produtoras de sementes de soja fazem a conexão com todos os elos da cadeia: recebem material das obtentoras, multiplicam este material e disponibilizam ao agricultor sementes de soja de elevada qualidade, seja através das revendas ou diretamente ao consumidor final.
A empresa de produção de sementes de soja trabalha sempre de olho no futuro. Enquanto uma safra está em curso, a sementeira está plantando e beneficiando sementes que serão plantadas na safra seguinte, selecionando as melhores variedades e testando novos materiais que chegam ao mercado. Um trabalho fundamental para a continuidade do sucesso da sojicultora brasileira.

O aumento de produtividade agrícola tem sido possível com o desenvolvimento de plantas mais produtivas, menos susceptíveis a pragas e resistentes a determinadas condições climáticas e agroquímicos, o que é alcançado por meio do melhoramento de plantas e outras tecnologias, como a transgenia.
Diante deste contexto, a semente de soja, mais do que um sistema biológico responsável pela reprodução e dispersão das espécies, tornou-se um importante mecanismo de difusão da inovação tecnológica, uma vez que leva ao campo todos os avanços obtidos nos últimos anos por meio do melhoramento e da manipulação genética.
São produzidos anualmente mais de 1,5 milhão de toneladas de sementes de soja, cultivados em aproximadamente 1 milhão de hectares em todo o pais. O mercado brasileiro de sementes de soja movimenta, anualmente aproximadamente US$ 1,3 bilhão, ou seja, mais de 35% de toda a movimentação financeira do mercado nacional de sementes.

Como funciona o beneficiamento de sementes?

Se o próprio grão de soja é também uma semente, para que existem as indústrias de produção de sementes de soja, então? O raciocínio parece bem simples, mas, na verdade, existem muitos fatores que deixam este processo mais complexo.
Uma empresa de produção de sementes tem uma série de normas e protocolos a cumprir a fim de disponibilizar ao agricultor uma semente selecionada e de qualidade, a chamada semente certificada, que vai muito além de simplesmente plantar o grão.
A produção de sementes de soja inicia-se bem antes do seu plantio, com a escolha criteriosa do material genético a ser semeado e a definição dos campos de produção a serem utilizados. Estes campos, posteriormente, serão registrados e acompanhados de perto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De produção própria ou de cooperados, após a colheita as cargas de sementes de soja são descarregadas nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) das empresas e iniciam um processo metódico e delicado.
Testes em laboratório garantem que aquelas sementes estão em condições de iniciar o beneficiamento. Em seguida, se necessário, a produção segue por elevadores e esteiras para enormes secadores, até atingirem o percentual ideal de umidade.

Posteriormente, passam por diferentes equipamentos de classificação, onde são separadas por tamanho, perfeição na circunferência, peso, densidade, tudo isso para obtenção de lotes uniformes. As sementes que não passam pelos critérios da classificação são consideradas como descarte e seguem para venda como grão comum.
Ao final do beneficiamento, as sementes são resfriadas e ensacadas em suas devidas embalagens, com identificação do lote e informações sobre a variedade, e seguem para armazenamento.

É importante destacar que o armazenamento é uma fase muito importante e, nas sementeiras, é realizado em espaços com condições específicas de umidade e temperatura para que mantenha as características de qualidade da semente. O produto fica armazenado por meses, até que o plantio da safra seguinte tenha início.
Após todo este criterioso processo de beneficiamento, apenas 40% a 50% do que foi colhido nos campos de produção de sementes são efetivamente disponibilizados à venda.
Outro procedimento que tem crescido nas empresas sementeiras é o Tratamento de Sementes Industrial (TSI), através do qual a semente, logo antes de ser entregue ao agricultor, recebe tratamento com agroquímicos, protegendo-as da incidência de pragas e fungos no desenvolvimento inicial das lavouras.

Combate a Pirataria

A pirataria de sementes de soja

Estima-se que pelo menos 30% da safra brasileira 2015/2016 de soja seja semeada com sementes ilegais, um número preocupante e que deixa a agricultura nacional em estado de alerta. A semente pirata é aquela que não possui nenhum tipo de certificação ou garantia de procedência, tampouco contribui com a pesquisa e o desenvolvimento do setor. É ilegal produzir, comercializar e, também, comprar sementes piratas.

Como uma semente pirata é feita?

A semente pirata consiste no grão de soja colhido e revendido ilegalmente como semente, sem:

  • registros de campo junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • beneficiamento e armazenamento adequado
  • fiscalização
  • recolhimento de royalties das tecnologias utilizadas
  • procedência
  • recolhimento de impostos
  • qualquer outra garantia.

Qual a diferença entre semente salva e semente pirata?

A semente salva é uma prática legal que permite ao agricultor salvar parte de seus grãos para plantar sua própria área na safra seguinte. Este é um direito assegurado ao produtor rural, desde que ele preencha todos os requisitos legais, como elaboração do Anexo XXXIII e cumprimento das normas especificadas, tais quais não poder transportar sua semente salva para fazendas de outras pessoas. Quando o agricultor quer salvar semente para uso próprio e não cumpre todas as normas estabelecidas, esta semente também se torna ilegal.

Quais os riscos para quem compra semente pirata?

Comprar semente pirata é colocar em risco o próprio negócio. A pirataria não dá garantias de qualidade, nem de procedência e o agricultor pode estar plantando uma cultivar diferente da que lhe foi vendida. Os riscos fitossanitários são altos neste contexto. E, além dos prejuízos à lavoura, no caso de sementes com tecnologia Intacta RR2 PRO, o agricultor será penalizado em 7,5% do valor da carga na entrega do grão, caso seu produto não seja certificado nem seja comprovadamente semente salva legal. Os riscos da pirataria, portanto, estão em prejuízos em campo e no bolso.

Que problemas a pirataria pode gerar à agricultura brasileira?

A pirataria é um grande risco ao desenvolvimento da agricultura brasileira, uma vez que a semente pirata não contribui com o recolhimento de royalties nem do germoplasma e nem das tecnologias. Desta forma, reduz o incentivo à pesquisa para o desenvolvimento de novas cultivares e novas tecnologias a serem incorporadas às sementes e, sem pesquisa, os avanços produtivos da agricultura brasileira reduzirão a cada safra. Se o índice de pirataria continuar crescendo, que empresas terão estímulo para investir em pesquisas no Brasil? Além disso, a pirataria também coloca no campo sementes sem garantia de procedência e qualidade, o que traz riscos fitossanitários enormes e prejudica a produtividade das lavouras.

Como combater a pirataria?

A ABRASS tem se empenhado fortemente na interlocução política, a fim de cobrar mais fiscalização e sugerir a criação de uma legislação mais específica – e com punições mais rígidas – para quem produz, comercializa ou compra sementes ilegais. A associação também tem se esforçado em campanhas de conscientização do agricultor, para que ele entenda os riscos dessa prática e para que ele tome uma das medidas mais eficientes que se pode tomar: a denúncia.

A ABRASS tem recolhido nomes de supostos “pirateiros” por todo o país e encaminhado ao setor de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Quanto mais detalhada e embasada a denúncia, mais chances de a fiscalização ter sucesso. Portanto, se você conhece alguém que produz, comercializa ou vende sementes ilegais, faça sua contribuição à agricultura brasileira e denuncie.

Como posso denunciar um “pirateiro”?

Os agricultores podem fazer as denúncias através da Ouvidoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na página www.agricultura.gov.br, bem como pessoalmente, na Superintendência Federal da Agricultura em seu estado.

Fonte: www.abrass.com.br

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SOBRE NÓS

A Aprosem – Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba, tem por objetivo reunir os produtores de sementes dessa região, desenvolvendo trabalhos de promoção e fortalecimento do setor.

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